ALFREDO VOLPI
Volpi nasceu em Lucca Itália
em 1896, em 1897, a família Volpi emigra para São Paulo e se
estabelece na região do Ipiranga, com um pequeno comércio. Destino comum aos
filhos de imigrantes italianos, Volpi inicia-se em trabalhos artesanais e, em
1911, torna-se pintor decorador. Talvez daí decorra o gosto pelo trabalho
contínuo e gradual da sua linguagem estética, próprio da valorização de um
“saber fazer”. falecendo
em São Paulo no dia 28 de maio de 1988.
Em 1914, pintou sua primeira
paisagem. Homem simples, nele se concentrava o ex-carpinteiro, ex-entalhador e
o artista autodidata, que na década de 40 participou da Família Artística
Paulista, o chamado Grupo Santo Heleno. Entre as várias premiações, a de melhor
pintor nacional, na II Bienal de São Paulo, em 1953. Criando uma linguagem sua,
Volpi passa aos poucos de uma pintura feita ao ar livre, do natural, para os
produtos intelectuais, concebidos e executados no ateliê. A partir daí, seu
trabalho evolui naturalmente em direção à pintura abstrata geométrica que o
consagrou, na qual associou cor, forma e linha em uma contínua experiência
intuitiva. Volpi inicia as suas
permutações cromáticas na década de 70. Elabora uma série de quadros
aparentemente iguais, onde a geometria, traços, faixas, são bem resolvidos,
sugerindo mastros, climas, marinhas, etc., numa rica e inventiva combinação.
Volpi argumentava que sua pintura abstrata foi uma reação ao barroco, criando
em seus quadros jogos de formas e de cores a partir de relações espaciais
abstratamente estruturadas. É a chamada fase das "bandeirinhas", a
mais consagrada de sua presença na arte moderna brasileira, estando
exemplificada na obra "Bandeiras e Mastros".