domingo, 28 de junho de 2015

EM CONSTRUÇÃO-RELEITURA DA OBRA BANDEIRAS E MASTROS

ALFREDO VOLPI

Volpi nasceu em Lucca Itália em 1896,  em 1897, a família Volpi emigra para São Paulo e se estabelece na região do Ipiranga, com um pequeno comércio. Destino comum aos filhos de imigrantes italianos, Volpi inicia-se em trabalhos artesanais e, em 1911, torna-se pintor decorador. Talvez daí decorra o gosto pelo trabalho contínuo e gradual da sua linguagem estética, próprio da valorização de um “saber fazer”. falecendo em São Paulo  no dia 28 de maio de 1988. 
Em 1914, pintou sua primeira paisagem. Homem simples, nele se concentrava o ex-carpinteiro, ex-entalhador e o artista autodidata, que na década de 40 participou da Família Artística Paulista, o chamado Grupo Santo Heleno. Entre as várias premiações, a de melhor pintor nacional, na II Bienal de São Paulo, em 1953. Criando uma linguagem sua, Volpi passa aos poucos de uma pintura feita ao ar livre, do natural, para os produtos intelectuais, concebidos e executados no ateliê. A partir daí, seu trabalho evolui naturalmente em direção à pintura abstrata geométrica que o consagrou, na qual associou cor, forma e linha em uma contínua experiência intuitiva.  Volpi inicia as suas permutações cromáticas na década de 70. Elabora uma série de quadros aparentemente iguais, onde a geometria, traços, faixas, são bem resolvidos, sugerindo mastros, climas, marinhas, etc., numa rica e inventiva combinação. Volpi argumentava que sua pintura abstrata foi uma reação ao barroco, criando em seus quadros jogos de formas e de cores a partir de relações espaciais abstratamente estruturadas. É a chamada fase das "bandeirinhas", a mais consagrada de sua presença na arte moderna brasileira, estando exemplificada na obra "Bandeiras e Mastros". 











  










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